Viajar com segurança e sem comprometer o orçamento pode ser mais fácil do que muitos imaginam. Desde que comece pelo planejamento financeiro. Seja para destinos no Brasil ou no exterior, é importante traçar antecipadamente a programação e estimar todos os custos. Em viagens turísticas, de trabalho ou exclusivamente de compras, é fundamental colocar todas as contas no papel para evitar dores de cabeça antes, durante ou depois.
O primeiro passo é saber o quanto vai gastar e se há recurso disponível, afirma a educadora financeira Therezinha Rocha. “Se o viajante tem conhecimento de quanto gasta mensalmente, a viagem pode ganhar conforto financeiro com a redução de pequenos gastos. Ele pode fazer uma reserva se tiver clareza de quais consumos pode cortar”, ensina.
Se existe alguma regra a ser observada para tornar mais proveitosas as viagens, o educador financeiro Álvaro Modernell aponta a importância de cada um se planejar conforme o seu próprio perfil. “O barato pode sair muito caro”, sustenta ele, um dos autores de Passaporte para Viajar Mais – Como planejar viagens sem apertar o cinco fora do avião.
O livro, conta Modernell, não visa orientar o leitor a fazer a viagem mais barata da vida. “O importante é cada um fazer o passeio que sonhou e para o qual se planejou gastando menos”, explica. Nesse sentido, lidar corretamente no exterior com o câmbio é um dos aspectos desejados para se divertir sem estresse adicional. “Se você se planejou, não precisa ficar convertendo a moeda toda hora”, ilustra.
Pesquisar o preço das passagens nos sites das empresas de transporte aéreo e terrestre, além de agências de turismo, são outras orientações para proteger o bolso. Economistas da Serasa Experian lembram que horários alternativos, como os da madrugada, geralmente reservam descontos.
Quando não está estudando ou trabalhando, o estudante Igor Falcão, 20 anos, aproveita as noites para conferir preços de bilhetes aéreos para o Japão, que pretende conhecer no início de 2016. “Só a ida estava saindo em torno de R$ 3 mil, preço que não estou disposto a pagar”, avisa.
ESCOLHAS
Na contramão da maioria das viagens, fugir de roteiros tradicionais também pode aliar boa experiência e custos menores. A aposentada Leda Mariza Mascarenhas, 68, não faz pacotes e não se prende a restaurantes preferidos de turistas, sempre mais caros. “Há muita comida boa em estabelecimentos simples e locais, até mesmo na periferia”, revela. A bonita fachada de um hotel fica em segundo plano. “Não escolho pela aparência. Prezo por cama limpa um bom atendimento”, garante.
Turista constante desde 1969, Leda, sempre que vai à Europa, leva dinheiro em espécie, deposita numa conta que tem na Alemanha e saca semanalmente. Com mapas nas mãos, gosta de conhecer cidades variadas, sem preocupação de aperto na renda. “Se gasto além de minha previsão do dia, procuro poupar no dia seguinte”, conta.
Fonte: http://www.em.com.br/