Meio do ano é aquele período em que os pais tentam tirar uns dias de folga do trabalho, colocam a criatividade pra funcionar e fazem um esforço financeiro para realizarem uma viagem e passar mais tempo junto de sua família, principalmente quando se tem filhos, pois eles entram em férias escolares. Entretanto, outro cenário bem comum é as pessoas não se programarem para isso, comprometendo o orçamento financeiro.
Se você é daqueles que toda vez, no mesmo período do ano, senta com a família, faz um diagnóstico da vida financeira, analisa a situação e já se planeja para todas as ocasiões que podem ser previstas – gastos repetitivos e com datas comemorativas e férias, por exemplo –, parabéns! Você é educado financeiramente e tem condição de realizar todos os seus objetivos e sonhos, bem como os de sua família, sem frustrações.
No entanto, infelizmente, essa não é a realidade de boa parte da população, que não recebeu orientação alguma de hábitos corretos em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros, apenas aprendeu a gastar, para depois se preocupar em como irá honrar com seus compromissos. A consequência desse comportamento impulsivo e não consciente é de transformar sonhos em pesadelos, pois, mesmo quando se consegue realizar, pagar por ele pode ter efeitos desastrosos para as finanças.
Então, o primeiro passo para que a tão desejada viagem em família não se transforme em uma constante preocupação é planejamento. Um passeio assim possui gastos intrínsecos, como transporte, estadia, alimentação, telefonia, dentre outros. Por isso, é preciso levar em consideração todas essas despesas no momento em que estiverem calculando o valor total da viagem. Daí o motivo de se programar com antecedência, para avaliar todos os aspectos, pesquisar os melhores preços e condições e poupar para pagar à vista, se possível.
Minha orientação para quem não viu nada sobre viagem até o momento é começar a se planejar para realizar um passeio muito melhor no final do ano ou até mesmo no meio do ano que vem. Sei que a ansiedade de curtir o momento é grande, mas tomar atitudes mais conscientes tem mais vantagens, tanto em curto quanto em longo prazo. Outra dica é analisar bem qual destino cabe melhor no orçamento financeiro e, se for necessário, mude o local da viagem, para aproveitarem melhor.
Se decidirem por postergar a viagem, não significa que não possam fazer nada para aproveitarem agora. Pensem em programas culturais, pontos turísticos, piquenique no parque, enfim, tem diversas opções para gastar pouco. Mas, caso já tenham se programado para realizar esse passeio em família agora em julho mesmo, a cautela deve ser com as despesas durante a viagem, com compras, lembrancinhas, etc. É importante estabelecer um limite de gasto antes mesmo de saírem de casa.
Essa orientação vale para as crianças também; elas precisam entender minimamente a situação e saber que há limites. Acreditem, os pequenos entendem muito mais do que pensamos. Se a viagem for para fora do país, o cuidado deve ser dobrado, afinal de contas, além da conversão da moeda, quando se utiliza o cartão de crédito – ou o pré-pago –, por exemplo, é cobrado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que representa 6,38% do valor gasto.
Tendo educação financeira e planejamento, as férias serão o que devem ser: um momento de descontração e união.
Fonte: http://capitalnews.com.br/